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O Grito das Minorias


Dentro de um Estado democrático leis, ou regras, devem seguir uma vontade majoritária. Entretanto, é um dever desse Estado garantir a inclusão social e vontades das minorias, essa que pode ser considerada como aquele grupo mais fraco, identificado por meio de uma característica de qualquer natureza (física, cultural, econômica) em comum entre seus indivíduos.

No Brasil, por culpa de suas raízes históricas conservadoras (escravista, patriarcal, latifundiária, etc.), analisamos dentro da nossa sociedade uma grande diversidade de minorias que vem ganhando cada vez mais voz, menos medo, maior organização por meio de militâncias, pouco reconhecimento, e é claro, muita repressão.

Como é de conhecimento amplo, o nosso país foi escravista durante anos, fato que foi finalizado com a Lei Áurea assinada em 1888. Porém, a abolição da escravidão não deu plena cidadania aos negros, que de forma mascarada, não foi lhes dada até os dias atuais, e fatos que comprovam isso não são poucos, dentre eles podemos citar: cotas raciais; minoria negra presente em faculdades, órgãos públicos/privados; maioria negra presente em zonas carentes e prisões.

Por culpa de uma sociedade patriarcal e machista também vivenciamos com a repressão as mulheres, e se não a repressão da mais escancarada presente entre a sociedade. Quantas vezes não presenciamos em nosso dia a dia ações que denigrem a imagem da mulher como cantadas ridicularizadoras (as quais nem me dou o direito de citar nesse texto), ou discursos como :“lugar de mulher é na cozinha”; “ela foi estuprada por culpa da roupa”... entre outros dos mais baixos possíveis. Além disso, as mulheres não disfrutam de direitos básicos, e que ao saber deixam qualquer um ser racional perplexo (como diferença salarial!). E são por esses motivos que o Movimento Feminista vem cada vez mais ganhando força de militância, e simpatizantes, até mesmo de uma minoria do sexo masculino.

E como não podia deixar de faltar como em todo “bom” país conservador os direitos dos gays, lésbicas e transexuais não ocorrem, e a discriminação ocorre com muita frequência, o que alguns defendem a opressão pela “defesa da família tradicional brasileira”, ou até mesmo com justificativas religiosas. Entretanto, o movimento LGBT vem ganhando apoio e representatividade, e por incrível que pareça, com presença na mídia (tanto em novelas ou comerciais), o que provocou um grande desconforto entre os conservadores gerando ameaça de boicote e revoltas em redes sociais.

De fato, mesmo com tantas manifestações e pedidos, o Brasil ainda continua muito intolerante e conservador. As minorias citadas nesse texto são apenas algumas das muitas que existem em nosso país. O maior problema disso tudo é que o problema está longe de acabar, nossos representantes fazem pouco caso para as minorias, e o pior, quando existem alguns que lutam por elas também não há espaço para eles. O melhor caminho de fato, na minha opinião, é que os movimentos continuem a atuar e conscientizar mais adeptos, ou simpatizantes, as suas causas.

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