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Um grande desafio: o crescimento da oposição.


Com o final das eleições de 2014, houve uma drástica mudança no Congresso brasileiro: uma retração significativa da representatividade da base governamental. Mesmo aclamado por uma parcela da população,o crescimento da oposição dificulta ainda mais os desafios da presidente Dilma no novo mandato, ascendendo um Legislativo não apenas oposicionista e dificultador, mas também, que ameaça os interesses de alguns setores da população. Mas não é um fenômeno exclusivo do Brasil, o processo possui suas representações em outras nações hegemônicas.

Sob a liderança do peemedebista Eduardo Cunha, o Congresso Nacional passa por um processo de ascensão de um conservadorismo imponente e ameaçador. O presidente da Câmara pôs na linha de frente projetos como o da terceirização, que privilegia os interesses do empresariado, mas afeta os direitos dos trabalhadores, entre outras manifestações, enfraquecendo a representação sindical e burocratizando a relação empregador-empregado. Outros projetos controversos, a exemplo da criminalização da heterofobia, da redução da maioridade penal e até mesmo da modificação das bases conceituais do trabalho escravo, estão sendo colocados como prioritários.

Apesar disso, confortante ou preocupante, o fato é: Dilma não é a única a sofrer com o crescimento da oposição e de uma onda conservadora. François Hollande compartilha sua dor de cabeça ocasionada pelo crescimento da extrema direita liderada por Marine Le Pen com o presidente dos EUA Barack Obama, que enfrenta a oposição feroz de um Partido Republicano cada vez mais forte e mais representado. Merkel tem que lidar com o crescimento do anti-migratório Pegida na Alemanha, e até mesmo o primeiro-ministro britânico, David Cameron, do Partido Conservador, parece ter entrado na onda da anti-migração, anunciando um pacote dias depois de ser reeleito que inclui o confisco do salário de imigrantes ilegais no Reino Unido.

Tendo em vista esse quadro, os líderes mundiais terão que apresentar uma mistura de jogo de cintura com uma postura consistente se quiserem ser legitimados como governantes e, sobretudo, se quiserem governar. A próxima pergunta é: Dilma terá ou sucumbirá, tendo todo seu segundo mandato submetido aos interesses de cunho conservador do Congresso Nacional?


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