O IBOPE não vota por você
- novaordempolitica
- 4 de out. de 2014
- 2 min de leitura
Por Mariana Toledo
Sabe quando você era menor e sua mãe perguntava “se todo mundo pulasse da ponte, você pularia também?”. Pois é. Ao basear sua escolha de candidato nos números apresentados no Datafolha ou no Jornal Nacional, você está pulando da ponte.
Independentemente de uma possível (e, vamos combinar, provável) manipulação dos dados nessas pesquisas, a combinação “mais chance de vencer + menos pior” representa uma completa banalização da sua participação na democracia brasileira. Então de que adiantar reclamar do modo como a política funciona no Brasil se você, na melhor das hipóteses, jogou seu voto fora?
“Mas por que votar em um candidato que não tem chances de vencer?”. Se todos os que concordam com as propostas de um presidenciável impopular pensarem assim, realmente não tem chances da pessoa ser eleita.
Tem opção sim. Os candidatos à presidência do Brasil não são só os três mostrados no topo das pesquisas. Independente de sua inclinação política, há um que se adequa às suas esperanças para o seu país. Não é o IBOPE, nem seus pais, seus avós, seus amigos ou os posts do Facebook que votam por você. Não seja outro reprodutor de discursos alheios. Pesquise, veja argumentos de todas as partes e construa seus próprios sobre bases firmes e verificadas.
Vote de acordo com as suas esperanças, suas crenças, o futuro que você quer para seu país. Não permita que a sua expressão democrática seja determinada por números e gráficos. Vá às urnas como quem vai às ruas. Como quem está determinando a direção no qual o Brasil caminha. Com ideais. Sonhos. Utopias que sejam. E que saia da sessão como quem fez sua parte na construção do país que deseja.
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