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"This Wall Will Fall" - Esse Muro Vai Cair

  • Foto do escritor: novaordempolitica
    novaordempolitica
  • 27 de jul. de 2014
  • 3 min de leitura

Por Gustavo Gerolimich

O Rio de Janeiro, com cerca de 6 milhões de habitantes, é uma das cidades mais populosas do Hemisfério Sul. No Brasil, só perde para São Paulo, que possui população de 12 milhões. Suas áreas estão divididas em zonas sul, oeste, norte e centro. A zona oeste, com 579 km², possui cerca de 41% da população do município, com aproximadamente 2,4 milhões de habitantes.

Já a Faixa de Gaza possui 1,7 milhões de pessoas, com 360 km², tornando ela a área com a sexta maior densidade demográfica do mundo. Essa superpopulação é atribuída ao fato de que Israel fechou um cerco em volta do estreito. A 2 km do litoral, há uma fragata israelense impedindo a saída e entrada de navios palestinos. Gaza faz fronteira com dois países: Israel e Egito. Ambas fechadas para a passagem de palestinos e outros povos que não israelenses e egípcios.

Sem a possível escoação, os palestinos se veem numa gigante prisão a céu aberto, fazendo com que mísseis lançados de Israel em direção à Gaza sempre atinjam centros urbanos, matando dezenas de pessoas. Em sua maioria civis.

O que Israel hoje faz com a Faixa de Gaza é desumano e pode ser comparado ao holocausto na Segunda Guerra Mundial, que dizimou milhões de judeus na Alemanha. A única diferença aqui são os "camarotes"feitos para assistir, de lugares privilegiados, os constantes ataques à Palestina, celebrados pelos israelenses em Tel Aviv.

Israel só não deve aceitar todas as propostas do Hamas, como deve fazê-lo o quanto antes. O grupo Hamas não pede nada absurdo, e é apoiado por vários países integrantes da ONU que torcem para um final breve dessa guerra que parece não terminar tão cedo. O Hamas pede para ter soberania sobre o Estado palestino; peça fundamental para o funcionamento de qualquer nação. Afinal, qual país no mundo hoje tem o direito de ir e vir vetado por outro? O grupo pede também a liberação de palestinos presos em Jerusalém e a criação de portos e aeroportos em Gaza. Em troca desses "favores", os palestinos não atacariam o Estado judeu por dez anos. Muito pouco no momento, mas por ora suficiente.

O que surpreende nesse grande conflito é o apoio irrestrito do presidente americano Barack Obama,ganhador do Prêmio Nobel da Paz. O mesmo que financia com armas Israel, há cinco anos prometia ao contribuinte a retirada do Exército Americano do Iraque e garantia o cessar-fogo com outros países. O presidente precisa, agora, explicar ao seu eleitor por que a Palestina está sendo atacada com bombas norte-americanas.

Mas o que mais me intriga é a grande disposição israelense de tomar Gaza. O por quê de Israel gastar milhões com o ataque a uma aérea que não é de seu interesse, já que lá, em sua maioria, não há grandes construções, e muito menos jazidas de minérios ou petróleo. A Faixa é uma aérea destruída, devido ao constante combate. Israel faz isso por vingança, ou faz isso para tentar mostrar seu grande poderio bélico ao mundo, matando mulheres e crianças? Portos e aeroportos precisam ser construídos. O que não faz falta hoje em Israel, que possui grande parte de seu território na costa e desenvolve tecnologia, sendo então, um país com um bom aporte financeiro.

Como disse Rasheed Abou-Alsamh em sua coluna n'O Globo, "não tento incentivar o ódio à Israel, mas ele faz isso sozinho". Porém, é bom enfatizar que não são todos israelenses que querem e vibram com os ataques à Palestina. Um grande número de pessoas foram a Tel Aviv pedir o final da guerra e clamar pela queda do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Gustavo Gerolimich é o @gustavogero no twitter.

 
 
 

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